sábado, 31 de dezembro de 2011

Autor português lança best-seller que ataca indiretamente a Igreja Católica



José Rodrigues dos Santos (JRS) voltou a ser o autor mais vendido do ano em Portugal. A polémica em redor de O último segredo catapultou as vendas para patamares acima dos 100 mil exemplares, relegando para o segundo lugar O céu existe mesmo.

Lançado há pouco mais de dois meses, o romance que desencadeou a fúria da Igreja Católica ao questionar várias passagens da Bíblia sobre a vida de Jesus Cristo já alcançou a décima edição. O último segredo conta com 134 mil exemplares colocados nas livrarias, segundo avançou ao JN a Gradiva, editora que detém os direitos de publicação dos livros de JRS.

Se é verdade que existe uma diferença notória entre livros vendidos e livros colocados (as livrarias dispõem de prazos muito alargados para a devolução das obras), no “caso de Rodrigues dos Santos as devoluções, por norma, são muito baixas”, sublinhou fonte da editora.





O estatuto de autor do ano conseguido por JRS não se deve apenas ao novo romance. No top global da Fnac em 2011, figura ainda em lugar de destaque (5º lugar) O anjo branco, lançado há um ano e com 152 mil exemplares vendidos.

No total, os oito romances escritos pelo jornalista da RTP já ultrapassaram a fasquia de um milhão de exemplares vendidos só em Portugal, com destaque para O Codex 632 (200 mil livros).

Livro-sensação do ano – à semelhança de O segredo, de Rhonda Byrne, título mais vendido em Portugal durante dois anos consecutivos, em 2007 e 2008 –, O céu existe mesmo é um fenómeno internacional que avança com uma suposta visão do Além pelos olhos de uma criança.

O segundo português na lista é Luís Miguel Rocha. O primeiro livro que o autor de O último Papapublicou pela Porto Editora (aguarda-se um novo romance no próximo ano) vendeu perto de 40 mil exemplares, número similar ao alcançado, também na mesma editora, por Isabel Allende com O caderno de Maya.

Na lista dos autores mais vendidos do ano – de acordo com a Fnac – constam 'best-sellers' habituais como Nicholas Sparks (Dei-te o melhor de mim), George R. R. Martin (A guerra dos tronos) ou Christopher Paolini (Herança).

Na luta intrometeu-se também Umberto Eco (21 mil exemplares vendidos, com O cemitério de Praga), bem como o autor da biografia de Steve Jobs, Walter Isaacson.
Destaque ainda para o clássico O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry

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